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sábado, 15 de dezembro de 2012

O Fim do Mundo

Devaneios básicos de qualquer ser humano que vê o Fim do Mundo pertinho de chegar...

  Sabem... Não sou muito de ter superstições. Há algumas que quero acreditar, como por exemplo a da mão coçando dar dinheiro, a da orelha quente ser sinal de que alguém está falando de você. Mas querer acreditar não é exatamente acreditar. A sabedoria popular diz que uma coisa é uma coisa, então somos inclinados a acreditar que aquela coisa realmente é aquela coisa (e sim, essa frase foi mais para encher linguiça e falar que o texto era grande). Ontem mesmo eu estava aqui quieto na minha casa, e quando percebi que ela estava silenciosa demais, coloquei uma música ambiente, só para não começar a ficar com medo. Fato é que desde essa hora eu tenho estado bem mais supersticioso e sensitivo. Pode ser só coisa da minha imaginação mas vejo vultos passando e quase escuto meu cachorro me pedindo para ir passear com ele. 
  Então me lembrei... Aquela maldita teoria maia sobre o fim do mundo. Aquela que nunca acreditei. Então apareceu uma viagem programada para o dia 21. Então, quase me borrando de medo,  decidi que não viajaria nesse dia. Não é que eu acredite que o mundo vai acabar, mas vai que acaba e eu ainda estou na estrada! 
  Quer saber, que se dane. Não vim aqui para falar disso.  Vim para falar exatamente o contrário: o mundo não vai acabar. É muito mais provável ele continuar a mesma merda que está. Muitos dizem que é a teoria para a renovação dos tempos, dizem que é o início de um novo ciclo. 
   Mas isso é como as promessas de fim de ano que fazemos desde sempre: "Nesse ano, vou arranjar um emprego." "Nesse ano, vou conseguir juntar dinheiro." "Nesse ano vou deixar de ser essa pessoa odiosa, mesquinha e egoísta que fui no ano passado." "Nesse ano vou parar de roubar doce das criancinhas, por que isso é feio." E passamos a virada do ano pulando sete ondinhas, com nossas roupas de baixo amarelas para atrair dinheiro,  brancas para atrair paz, vermelhas para atrair safadeza.
  Se durante o ano as pessoas não tentarem cumprir as promessas, vão chegar no final dele com as mesmas promessas,  as mesmas roupas de baixo encardidas. 
  O chamado "novo ciclo" só vai se iniciar de fato se todos fizerem sua parte. O leitor que já acompanha OTF deve estar se perguntando por que insistir tanto nessa coisa de  cada um ter que fazer sua parte. Isso pode ser meio clichê, mas é verdade: se cada um tentar fazer sua parte para um mundo melhor, o mundo há de melhorar.

  Nunca sei como finalizar os meus textos, e sempre que releio parece meio súbito. Mas, de qualquer forma, Feliz Natal, Feliz Ano Novo e Feliz Fim do Mundo para todos!

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