
Era um
cenário deplorável, visto que todos na festa se encontravam em tal ângulo de
alteração psicológica que mesmo com toda a bela música floral para ouvir, o
ambiente não deixava de exalar cheiro de ressaca e arrependimento. Corpos
tortos e ternos desalinhados traziam os piores sentimentos à superfície;
inveja, ódio, vontade de falar errado e amor deixavam tudo inebriante. Nesse
cenário, um rei se apresenta. “Sou o rei” dizia.
Ninguém
acreditou.
Ninguém se importou.
E o tédio assolou aquele lugar.
Depois disso, o rei se irritou e foi-se embora.
E o povo continuou a beber óleo diesel e fumar farinha, como era antes.