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sexta-feira, 12 de junho de 2015

Quando Desci pra Cá

Quando desci pra cá,
Vi uma fonte que bravejava som.
Vi um horizonte multicor
ah, que beleza, ah que beleza.

Quando desci pra cá não signifiquei muita coisa, mas.
Tinha jogo de cintura pouco. Pra lidar com eles.
Metas que não se bastavam. Ou se bastavam demais.
E haveria de ter metas? Teria que?
Estive confuso
Quando desci pra cá.

Culpa de quem eu não decorar minhas palavras?
Culpa de quem meu sangue corroer suas noções?
                           - pois sangro palavras.
Culpa de quem se eu surgi e incomodei?
Culpa de quem eu ter de reformular as frases?
                           - que esse mundo pede isso.

Quando desci pra cá, 
Mantive-me quieto,
Falei às vezes, quando se dirigiram a mim.
E mantive-me quieto. 
Pra não gastar o jogo de cintura, que não tenho muito.

De resto, fico aqui, 
brincando de montar versos.

Só não me julgue sem sonhos.
É que tenho muitos.
Que eu suei cada dia, atrás deles.
Quando desci pra cá.

(reticências)

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