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quinta-feira, 26 de março de 2015

Incomunicação desabada

Fabiano Alvez em O Adorável Desastre
Mas, diga-me.
Quando foi que as coisas já feitas começaram a fazer tanto barulho
que nem posso ouvir o que tenho a dizer?
Quando foi que a saudade bateu forte a ponto de me desvanecer?
Saudade de algo que nem tive...

É porque as coisas vieram fáceis?
Por eu não ter tido muito tempo de sonhar?
Tive...

Suprimo um choro, suspirando.
O mundo de repente ficou tão embaçado.

Estar aqui passa a não fazer sentido.
Olhar além também não.
O amor à vida me consome, ainda assim.

Mas que vida eu amo? Nem acredito no que tenho a dizer...
As coisas já feitas, pelos de antes
barulharam tanto que me confundiram.
O que tenho a dizer não chegou até mim.

Um comentário:

  1. Volta e meia passando aqui para ler, Mal conheço o autor, mas que bom que a internet nos abre meios de conhecer as artes de gente que as faz tão bem.Esse texto talvez também possa me resumir no momento, me sinto perdida em pensamentos, e não consigo me redefinir, ou talvez eu não precise me definir, mas nem sei para onde ir. Mas ainda assim me sinto repleta de esperança. Creio que seus textos te ajudem bastante a encontrar seus caminhos.

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