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sábado, 7 de março de 2015

Gizá

A voz dela era sacudida.
Era ambígua em sua mais notória repiquitude.
E era demônio.
Tencionava ir além da conta, e não voltar.
Como um Gizá.

E, demônio, era além.
Era todos e todos éramos ela.
Mais que isso, éramos todos diluídos
Na mesma densa solução.

Os tendões nossos se destinavam.
Ao céu!
E tensionavam.
Ao chão!
E eram VERGONHOSOS querida.
E, balbuciados, os desejos nossos
DECEPCIONAVAM

E ela vinha.
E sacudia o mundo com um universo colorido em caleidoscópio.
Estado efêmero
mudança rápida
ela vinha
vinha vinha vinha vinha
e nos levava a ter certeza de que após a passagem dela tudo voltaria a ser,
simplesmente
como era antes.

(...)

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