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quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os Conflitos de um Herói

  Não seu se alguém reparou isso, mas todo herói – fictício ou real – tem que passar por um momento de grande conflito interior para então se tornar um herói propriamente dito. Conflitos ao ver todos os planos darem errado, ferindo tudo o que ele mais preza. 

  Este é o momento no qual ele se questiona se fez as escolhas certas; o momento em que ele olha para trás e decide não cometer os mesmos erros.
  As pessoas comuns, que não são heróis nem nada parecido – a senhorinha do clube de costura, o atendente de uma loja de moda terminada em “apóstrofo + s” qualquer, o batalhador funcionário - agora desempregado - de uma empresa, que foi demitido em função de alguma revolução tecnológica e não ter destreza em operar as novas máquinas – também passam por este tipo de conflito. E não são poucas vezes. Infelizmente o ser humano é suscetível a erros. E se são erros, são atos dos quais vamos nos arrepender no futuro. É quando chegamos ao conflito interno abordado.
  É um ciclo. O mundo gira, os tempos mudam, as crianças crescem e logo aparece uma tia chata para comentar o grande avanço no amadurecimento do indivíduo, a tecnologia evolui. A padaria sempre vai vender pão, mesmo que chegue ao posto de supermercado. A natureza vai sempre insistir em dominar, mesmo que tentemos erradicar sua existência explorando mais e mais. E, seguindo este raciocínio, veremos que o ser humano, filho da teimosia, sempre vai tomar alguma cacetada qualquer para aprender.
  A inteligência, é analisada à partir disso; os mais inteligentes são os que aprendem com os erros dos outros. Já os idiotas são os que batem de frente com o mesmo assunto durante, muito tempo, os que levam chibatadas morais a todo instante e nunca aprendem. Se você pertencer a esta última categoria, em primeiro lugar, não se sinta ofendido. É um pensamento antigo (deu certo até hoje, se serve de consolo). Tente ser mais flexível, mais aberto a novas experiências.
  Retomando a minha idéia inicial sobre os conflitos internos de um herói, o que quero dizer não é para amenizar, ou extinguir o seu conflito. Muito pelo contrário, sou a favor de quem sente tudo muito intensamente. Reafirmando minha idéia do parágrafo anterior, idiota não é quem tem o conflito. Idiota é quem tem muitos conflitos sobre um mesmo assunto. Quero mostrar que por mais tempo que seu conflito dure, mesmo se for muito intenso, é benéfico.
  Usarei como exemplo um relacionamento que um amigo meu teve há um tempo. A menina era sua xará, o que tornava tudo um pouco ridículo.
  Foi daqueles relacionamentos nos quais com uma semana tendo uma relação apenas com beijinhos e conversas, o idiota do menino apaixonado pede em namoro a pequena, crente que vai dar certo e durar. Durante o namoro, ele se entrega. Apresenta a namorada à mãe e quer algo sério. Começa a fazer para ela uma grande surpresa; uma carta imensa que pretendia dar a ela acompanhada de um buquê das mais cheirosas flores e de uma pelúcia, para comemorar o aniversário de um mês. Quer um namoro sério. Sério ao ponto de isso começar a assustar a garota. Então, antes do aniversário de um mês, a menina começa a tratá-lo de um modo diferente, tentando se afastar. Mas não tem problema; é uma forte TPM ou algum problema familiar que ela prefere não comentar... ele a ama e continua tratando-a com respeito e carinho.
  Porém, pouco tempo depois, a convivência torna-se uma vilã, o desgaste moral se manifesta e ele decide seguir o conselho de um amigo e terminar a relação. E termina.
  Numa tarde chuvosa, depois de o romântico garoto ficar triste e fortemente abalado, decide usar a churrasqueira da casa. É quando ele se vê numa cena digna de um horrível final de filme de comédia romântica, jogando tudo (a carta, o urso e o amor que sentia) dentro da churrasqueira, despejando álcool por cima de tudo e atear fogo cantando “Set Fire to the Rain”, da Adele. Quando percebeu o quão ridículo parecia, entrou nesse conflito interno. Quando saiu, três semanas depois, tinha decidido estar por cima em qualquer outro relacionamento que tivesse. Isso não significa que seria seco, ou ignorante, significa que não se deixaria enganar da próxima vez.
  Para finalizar, gostaria de dar um conselho a você, leitor: Não reprima jamais o que está sentindo e não tente parar o seu conflito interno, a menos que seja o segundo, ou terceiro, ou quarto sobre o mesmo assunto.
  Esse conflito é como um casulo do qual vai sair uma elegante borboleta. Saia como essa borboleta. Ou como um verdadeiro herói.

Um comentário:

  1. Deixa eu ver.... as antenas são da formiga atômica? kkkkkkkkk acertei pelo menos um né?

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